sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

ORTOGRAFIA OFICIAL (D. TUFANO)


Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A   B   C   D   E   F   G   H   I   J   K  L   M   N   O   P   Q   R   S   T   U   V   W   X   Y   Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações.
Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era          Como fica
agüentar            aguentar
argüir                 arguir
bilíngüe              bilíngue
cinqüenta           cinquenta
delinqüente        delinquente
eloqüente           eloquente
ensangüentado   ensanguentado
eqüestre             equestre
freqüente            frequente
lingüeta               lingueta
lingüiça               linguiça
qüinqüênio         quinquênio
sagüi                  sagui
seqüência          sequência
seqüestro           sequestro
tranqüilo             tranquilo

Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.

Mudanças nas regras de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos  éi e  ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era                   Como fica
alcalóide                     alcaloide
alcatéia                      alcateia
andróide                     androide
apóia (verbo apoiar)    apoia
apóio (verbo apoiar)    apoio
asteróide                    asteroide
bóia                           boia
celulóide                    celuloide
clarabóia                   claraboia
colméia                     colmeia
Coréia                      Coreia
debilóide                   debiloide
epopéia                     epopeia
estóico                      estoico
estréia                       estreia
estréio (verb estrear) estreio
geléia                        geleia
heróico                      heroico
idéia                          ideia
jibóia                         jiboia
jóia                            joia
odisséia                    odisseia
paranóia                   paranoia
paranóico                 paranoico
platéia                      plateia
tramóia                     tramoia

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em  éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era                     Como fica
baiúca                          baiuca
bocaiúva                      bocaiuva
cauíla                           cauila
feiúra                           feiura

Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição fi nal (ou seguidos de s), o acento permanece.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era                                  Como fica
abençôo                                    abençoo
crêem (verbo crer)                     creem
dêem (verbo dar)                       deem
dôo (verbo doar)                        doo
enjôo                                         enjoo
lêem (verbo ler)                         leem
magôo (verbo magoar)              magoo
perdôo (verbo perdoar)              perdoo
povôo (verbo povoar)                povoo
vêem (verbo ver)                      veem
vôos                                         voos
zôo                                           zoo

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.   
Como era                                       Como fica
Ele pára o carro.                             Ele para o carro.
Ele foi ao polo.                                Ele foi ao polo
 Norte. Norte.
Ele gosta de jogar pólo.                 Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos.        Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra.                             Comi uma pera.

Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.  
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele  convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele  detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. 
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em  guar,  quar  e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.

Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

Uso do hífen

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefi xos ou por elementos que podem funcionar como prefi xos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

1. Com prefi xos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano

Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco

Exceção: o prefi xo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, coo peração, cooptar, coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.
Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno

Atenção: com o prefixo  vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.

4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente.
ultrassom

5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.
Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-infl acionário
anti-infl amatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno

6. Quando o prefi xo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico

Atenção:
Nos demais casos não se usam o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
Com os prefixos circum e pan, usasse o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo

8. Com os prefi xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra

9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos:
ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé

12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exemplos:
     Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
     O diretor recebeu os ex-
-alunos.

Resumo
Emprego do hífen com prefixos.
Regra básica:
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
1. Prefi xo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefi xo terminado em consoante:
• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.

Observações
1. Com o prefi xo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por  r sub-região,
sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefi xos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por  m,  n e
vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefi xo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se
inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefi xo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular,
pró-europeu.

CRASE


CRASE

Crase é a fusão da preposição A com outro A.
Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem.

EMPREGO DA CRASE
em locuções adverbiais: à vezes, às pressas, à toa...
• em locuções prepositivas: em frente à, à procura de...
• em locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que...
• pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a, as.
Exemplos:
Fui ontem àquele restaurante.
Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão:
Refiro-me àquilo e não a isto.

A CRASE É FACULTATIVA
diante de pronomes possessivos femininos:
   Entreguei o livro a(à) sua secretária .
diante de substantivos próprios femininos:
   Dei o livro à(a) Sônia.

CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE
Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo A:
  Viajaremos à Colômbia.
(Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia)
Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasília, Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, Veneza, etc.
Viajaremos a Curitiba.
(Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba).
Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o modifique.
  Ela se referiu à saudosa Lisboa.
  Vou à Curitiba dos meus sonhos.
Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida:
  Às 8 e 15 o despertador soou.
Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “moda” ou "maneira":
  Aos domingos, trajava-se à inglesa.
  Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo.
Antes da palavra casa, se estiver determinada:
  Referia-se à Casa Gebara.
Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar.
  Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa).
Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo.
  Voltou à terra onde nascera.
  Chegamos à terra dos nossos ancestrais.
Mas:
  Os marinheiros vieram a terra.
  O comandante desceu a terra.
Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente:
  Vou até a (á ) chácara.
  Cheguei até a(à) muralha
• A QUE - À QUE
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino ocorrerá crase:
  Houve um palpite anterior ao que você deu.
  Houve uma sugestão anterior à que você deu.
Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não ocorrerá crase.
  Não gostei do filme a que você se referia.
  Não gostei da peça a que você se referia.
O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do de:
  Meu palpite é igual ao de todos
  Minha opinião é igual à de todos.

NÃO OCORRE CRASE
antes de nomes masculinos:
  Andei a pé.
  Andamos a cavalo.
antes de verbos:
  Ela começa a chorar.
  Cheguei a escrever um poema.
em expressões formadas por palavras repetidas:
  Estamos cara a cara.
antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona:
  Dirigiu-se a V. Sa com aspereza.
  Escrevi a Vossa Excelência.
  Dirigiu-se gentilmente à senhora.
quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural:
  Não falo a pessoas estranhas.
  Jamais vamos a festas.

DIVISÃO DE SÍLABAS


DIVISÃO SILÁBICA

Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU, GU.
1- chave: cha-ve
     aquele: a-que-le
     palha: pa-lha
     manhã: ma-nhã
     guizo: gui-zo

Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R
2- emblema: em-ble-ma
reclamar: re-cla-mar
flagelo: fla-ge-lo
globo: glo-bo
implicar: im-pli-car
atleta: a-tle-ta
prato: pra-to
abraço: a-bra-ço
recrutar: re-cru-tar
drama: dra-ma
fraco: fra-co
agrado: a-gra-do
atraso: a-tra-so

Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC.
3- correr: cor-rer
passar: pas-sar
fascinar: fas-ci-nar
desçam: des-çam
exceto: ex-ce-to

Não se separam as letras que representam um ditongo.
4- mistério: mis-té-rio
cárie: cá-rie
herdeiro: her-dei-ro

Separam-se as letras que representam um hiato.
5- saúde: sa-ú-de
rainha: ra-i-nha
cruel: cru-el
enjoo: en-jo-o

Não se separam as letras que representam um tritongo.
6- Paraguai: Pa-ra-guai
saguão: sa-guão

Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba que a antecede.
7- torna: tor-na 
técnica: téc-ni-ca
absoluto: ab-so-lu-to 
núpcias: núp-cias
submeter: sub-me-ter
perspicaz: pers-pi-caz

Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à sílaba que a segue
8- pneumático: pneu-má-ti-co
    gnomo: gno-mo
    psicologia: psi-co-lo-gia

No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamente, mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam em sílabas separadas.
9- sublingual: sub-lin-gual
sublinhar: sub-li-nhar
sublocar: sub-lo-car

Preste atenção nas seguintes palavras:
trei-no 
so-cie-da-de
gai-o-la 
ba-lei-a
des-mai-a-do 
im-bui-a
ra-di
ou-vin-te 
ca-o-lho
te-a-tro 
co-e-lho
du-e-lo 
ví-a-mos
a-mné-sia 
gno-mo
co-lhei-ta 
quei-jo
pneu-mo-ni-a 
fe-é-ri-co
dig-no 
e-nig-ma
e-clip-se 
Is-ra-el
mag-nó-lia

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

FORMAÇÃO DE PALAVRAS


FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Para analisar a formação de uma palavra, deve-se procurar a origem dela. Caso seja formada por apenas um radical, diremos que foi formada por derivação; por dois ou mais radicais, composição. São os seguintes os processos de formação de palavras: 
Derivação: Formação de novas palavras a partir de apenas um radical.
Derivação Prefixal: Acréscimo de um prefixo à palavra primitiva; também chamado de prefixação. Por exemplo: antepasto, reescrever, infeliz.

Derivação Sufixal: Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva; também chamado de sufixação. Por exemplo: felizmente, igualdade, florescer.

Derivação Prefixal e Sufixal: Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, em tempos diferentes; também chamado de prefixação e sufixação. Por exemplo: infelizmente, desigualdade, reflorescer.

Derivação Parassintética: Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, simultaneamente; também chamado de parassíntese. Por exemplo: envernizar, enrijecer, anoitecer.
Obs.: A maneira mais fácil de se estabelecer a diferença entre Derivação Prefixal e Sufixal e Derivação Parassintética é a seguinte: retira-se o prefixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, retira-se, agora, o sufixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, será Der. Parassintética. Por exemplo, retire o prefixo de envernizar: não existe a palavra vernizar; agora, retire o sufixo: também não existe a palavra enverniz. Portanto, a palavra foi formada por Parassíntese.

Derivação Regressiva: É a retirada da parte final da palavra primitiva, obtendo, por essa redução, a palavra derivada. Por exemplo: do verbo debater, retira-se a desinência de infinitivo -r: formou-se o substantivo debate.

Derivação Imprópria ou conversão: É a formação de uma nova palavra pela mudança de classe gramatical. Por exemplo: a palavra gelo é um substantivo, mas pode ser transformada em um adjetivo: camisa gelo.

Composição: Formação de novas palavras a partir de dois ou mais radicais.
Composição por justaposição: Na união, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais ponta e pé, obtém-se a palavra pontapé. O mesmo ocorre com mandachuva, passatempo, guarda-pó.

Composição por aglutinação: Na união, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais água e ardente, obtém-se a palavra aguardente, com o desaparecimento do a. O mesmo acontece com embora (em boa hora), planalto (plano alto).

Hibridismo: é a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas diferentes. Por exemplo: automóvel, sociologia, sambódromo, burocracia.

Onomatopeia: Consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza. Por exemplo: zunzum, cricri, tique-taque, pingue-pongue.

Abreviação Vocabular: Consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma forma mais curta. Por exemplo: de extraordinário forma-se extra; de telefone, fone; de fotografia, foto; de cinematografia, cinema ou cine.

Siglas: As siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma seqüência de palavras que constitui um nome: Por exemplo: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano).

Neologismo semântico: Forma-se uma palavra por neologismo semântico, quando se dá um novo significado, somado ao que já existe. Por exemplo, a palavra legal significa dentro da lei; a esse significado somamos outro: pessoa boa, pessoa legal.

Empréstimo linguístico: É o aportuguesamento de palavras estrangeiras; se a grafia da palavra não se modifica, ela deve ser escrita entre aspas. Por exemplo: estresse, estande, futebol, bife, "show", xampu, "shopping center".